Síndrome da Hipermobilidade Articular Benigna

Hipermobilidade Articular (HA) é uma condição benigna na maioria das vezes caracterizada por uma frouxidão dos ligamentos e estruturas periarticulares ocasionando uma maior amplitude dos movimentos das articulações. É frequente na infância, especialmente nas crianças pequenas, sendo mais comum no sexo feminino, em crianças em que os pais também são hipermóveis.

O termo Síndrome da Hipermobilidade Articular Benigna é utilizado quando a HA está associada a sintomas dolorosos ou lesões musculoesqueléticas como entorses e luxações sem outras causas aparentes.

A dor é causada pelo movimento excessivo e maior estresse mecânico nas superfícies articulares, ligamentos e estruturas adjacentes, levando à instabilidade articular e microtraumas associados.

A HA não causa sintomas na maioria dos casos, sendo frequentemente um achado no exame físico de uma criança saudável. Já a SHAB tem como principal sintoma a dor musculoesquelética que pode ser leve a debilitante, de curta duração. Normalmente se inicia após atividade física e caminhadas. Manifesta-se principalmente nas pernas. Pode dar dor nas costas e se agravar pelo uso de mochilas pesadas.

O diagnóstico é clínico, associando-se a dor e lesões com os critérios de hipermobilidade articular de uma escala chamada escala de Beighton.

O tratamento da síndrome de hipermobilidade articular se baseia em aliviar a dor nas crises e preservar as articulações.

É importante o fortalecimento muscular e proteger as articulações durante a atividade física.

O papel de um educador físico e fisioterapeuta é importante tanto para alívio da dor como para prevenção de lesões. A participação da família para entender sobre o caráter benigno da dor e se envolver no tratamento faz a diferença na evolução desta criança. Embora não parece haver efeito de causalidade, indivíduos com SHAB possuem mais probabilidade de sofrer de ansiedade, depressão, distúrbios de pânico e agorafobia.

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